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domingo, 18 de outubro de 2015

Constelação

Aquela última estrela
na penumbra do céu, caminha
Tão lenta e tão perdida
Tão meiga e tão sozinha...


O céu não te quer mais

A constelação afasta-se de ti
Não há nada ao teu redor
Nada há, além de mim
Mesmo assim nada te destrói
Por mais que venha a te ferir


Teu orgulho te assegura

Na noite escura e sem luar
Tu és o brilho da noite
Mas todos fogem ao teu olhar


Tu és tão bela

Mas também tão ferida
amargurada pela vida
que o destino foi lhe dar
Tu és tão bela
e tão triste e abatida
pois nunca soube ser amada
como agora sei te amar


Só queria alcançar

junto a ti esse apogeu
que se fez seu desde o instante
em que seu brilho se revelou
Queria que ao invés de sonho
essa ilusão minha fosse real
e que nesse mal que te atormenta
um dia um amor se afugentou


Pois entre todos os temores

e rumores da imensidão
Tu vives na escuridão
de um céu que lhe pleiteia
Dentre tantos amores
só o teu me conquistou
Mas a distancia nunca me deixou
tocar-te, minha estrela


Não me tortures tanto assim

estrela da noite cálida
Esse amor vales pra mim
o que pra ti não vales nada
Não me faças sofrer por ti
Luz  perdida... Amargurada...
Pois só tu me iluminas
no tardar das madrugadas

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